Nesta altura, os meus avós trabalhavam na agricultura, numa quinta arrendada. Viviam do que produziam e do que conseguiam vender na praça, o que por vezes não era muito, pois, naquela época a maioria da população vivia também da agricultura.
Os meus avós não percebiam muito de política, mas viviam com medo do que ouviam dizer e sobretudo da guerra do ultramar e o meu avô, grande apoiante do Salazar, lá ia dizendo: “Esse homem é o melhor do mundo”.
O país estava muito pobre, e já há a algum tempo que os meus avós passavam dificuldades, o que os obrigou a emigrarem para França, em 1965, há procura de sustento para si e para os seus três filhos mais novos, já que a mais velha tinha arranjado emprego.
A vida nos anos 50/60 em Portugal não era muito fácil o que levou muitas famílias a emigrarem, especialmente para França.
Fig.1 – Os meus avós nos anos 50/60
André Mesquita
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