Sobre Nós

Somos a turma C do 9º ano da Escola Básica Integrada Cidade de Castelo Branco.

Sobre este Blog

Vai ser utilizado para fixar os trabalhos da disciplina de Área de Projecto dos alunos.

Um dia inesquecível

A minha avó, Cândida Santos, nasceu, em 1936. Antes do 25 de Abril, ela e o meu avô não estavam cá, mas sim em França. Porém, no dia 24 ela tinha vindo a Portugal buscar o meu pai, que se encontrava cá a estudar. Bastou-lhe apenas estes dois dias que cá esteve para se assustar e perceber o que se estava a passar.

“Eu vim sozinha, o teu avô ficou em França. Cheguei de noite e, quando vinha para Castelo Branco, só se ouvia na rádio a revolução de cravos vermelhos que se estava a passar em Lisboa. As televisões anunciavam a mesma coisa, os aviões acendiam e apagavam as luzes para irem para Lisboa, os carros na rua também anunciavam a revolução, as pessoas estavam todas na rua e as ambulâncias apitavam. As pessoas estavam com medo que acontecesse a terceira Guerra Mundial” – foi isto que a minha avó respondeu quando lhe perguntei como é que tinha sido o 25 de Abril.

A grande preocupação dela era que anunciavam que as fronteiras iriam ser fechadas, e, assim, não podia voltar a França, onde tinha deixado o seu marido sozinho.

“E no dia 25, como é que estavam as coisas?” – foi a outra pergunta que fiz à minha avó.

“No outro dia, só se ouvia a vitória, os carros de guerra e as pessoas saíram à rua, a festejar e a cantar a música dos Cravos Vermelhos:

Uma gaivota voava, voava

Asas de vento voltada pr’o mar

Como elas somos livres,

Somos livres de votar.”


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Joana Mendes dos Santos


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