No dia 25 de Junho de 1961, saiu de Portugal, em direcção a Moçambique, num barco denominado Niassa.
Durante a viagem, pararam nas Canárias e no Lobito, Angola, e ao fim de 21 dias começaram os dias de sacríficio e de constantes ataques aos negros em Moçambique, mais propriamente em Lourenço Marques (actualmente denominado Maputo) que foi o sítio onde estiveram mais tempo.
Viveram muitas peripécias, mas uma delas que o meu avô se lembra, foi que, num dia, quando ele e a restante tropa iam fazer um combate aos negros que queriam ficar com Moçambique, durante a noite, não viram um rio e cairam nele. Andaram cerca de 48 horas molhados, sem comida, nem água.
Estiveram em Lourenço Marques (1 anos e meio), Beira (3 meses), Moatize (6 meses) e em Zobue (3 meses), num total de 30 meses.
Passados esses 30 meses, o meu avô, juntamente com a companhia de tropa, companhia de polícias e civis, regressaram a Portugal, num barco chamado Príncipe Perfeito, na companhia de Amália Rodrigues, Eugénia Lima e Frederico Brito.
Passaram na África do Sul, Luanda e na Madeira e passados 16 dias chegaram a Lisboa, no dia 21 de Dezembro de 1963.
Para o meu avô, aquela guerra não foi totalmente terrível, tiveram alturas más e outras não.
Nadine Teles
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