Um grupo de civis dirigiu-se para o Quartel da Marinha, quase em frente do Palácio das Necessidades, onde os marinheiros esperavam os civis. A revolução surgia por todos os lados, tanto nos regimentos como na rua. Muitos civis armados batiam-se com coragem e do lado do Governo apenas havia indecisões, não tomando medidas decisivas. O Governo, desorientado, pediu pelo telefone a D. Manuel II que se retirasse para Mafra, onde se juntou, no dia seguinte, à rainha-mãe (D. Amélia) que estava no Palácio da Pena, em Sintra. Às duas horas da tarde, chegou a Mafra a notícia da proclamação da República, em Lisboa, e a constituição do Governo Provisório, presidido pelo Dr. Teófilo Braga.
A revolução republicana havia triunfado. A Família Real dirigiu-se para a Ericeira e embarcou para Gibraltar, de onde um barco de guerra inglês os transportou até ao exílio, em Inglaterra.
Surgiu assim, a 1ª República, que se prolongou até 1926.
Postal ilustrado sobre a implantação da República
Ana Sofia Marques Barata
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