1. Bordado antigo
Alguns dos elementos representados nestes bordados são: Os namorados (representado por pombinhos), os casados (representados por pássaros juntos), os cravos e rosas (representando o homem e a mulher, respectivamente), os lírios (a Virtude), corações (o Amor), gavinhas (a Amizade), entre outras representações.
2. Representações nos bordados de Castelo Branco
Os motivos do bordado de Castelo Branco espalham-se pelo urbanismo da cidade.
Nas calçadas: Trabalhado em pedra de basalto e calcário.
3. Bordado de Castelo Branco representado na calçada
Nos edifícios: Alguns prédios da cidade tornam as suas fachadas mais enriquecidas com azulejos decorados pelos motivos do bordado de Castelo Branco.
4. Bordado de Castelo Branco representado em prédios
Os bordados de Castelo Branco são efectuados em tecido de linho com bordados a fio de seda frouxo, ou seja, que não foi torcido, com a ajuda de um bastidor.
O ponto cheio frouxo ou designado também por ponto largo, mais não é que uma variante do ponto de Oriente ou da Hungria ou de Bolonha. Torna-se económico, porque cobre apenas a superfície superior.
5. Linhas de seda natural dispostas numa escala de cores
A bordadeira enfia a agulha por baixo e estende o fio até à extremidade oposta. Prende o fio e regressa ao ponto de partida. Num movimento de vai e vem, cobre a superfície que deseja bordar. Este é um dos processos para fazer o bordado.
Existem muitos pontos de bordados. Os mais conhecidos são: frouxo, pé de flor, atrás, cadeia, espinha, lançado, lançado espinhado, margarida, recorte simples, recorte contrariado, galo, galo travado, galo com variantes, nó, embutido, fundo, matiz, formiga, asna, coroa, pena e grilhão.
Escolhidos os motivos simbólicos que vão preencher o campo e a barra, faz-se o seu desenho em folhas de papel vegetal. Como as colchas são de simetria binária, basta apenas fazer um desenho de um quarto da colcha.
6. Desenho de bordado em papel vegetal
Numa mesa comprida ou no chão, estende-se o linho de origem caseira. Hoje emprega-se o papel químico, de preferência amarelo, porque deixa marcas suaves, mas antigamente o pano era riscado a tinta.
Seis bordadeiras, três de cada lado, bordam o linho segundo as cores e os pontos escolhidos.
Terminado o bastidor, desmancha-se e enrola-se a parte bordada, ficando a outra parte livre para se continuar o trabalho. Assim se vai procedendo até ficar pronta.
É novamente estendido sobre uma mesa ou no chão, para se verificar se há algum engano que seja preciso corrigir.
Num tear apropriado, uma das bordadeiras tece ainda uma franja que é aplicada depois de a colcha ser passada a ferro.
O trabalho fica concluído, após aplicação de um forro de chita. Para além do trabalho que dá às bordadeiras, são necessários um ou mais meses para o executar.
7. Bordado de Castelo Branco
João Infante, N.º12, 9.ºC
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