Sobre Nós

Somos a turma C do 9º ano da Escola Básica Integrada Cidade de Castelo Branco.

Sobre este Blog

Vai ser utilizado para fixar os trabalhos da disciplina de Área de Projecto dos alunos.

Um pastor nos anos 30 e 40

O meu bisavô, Domingos Roberto, nasceu no dia 15 de Novembro de 1921.

Filho de pastores, começou a sua vida de pastor desde os 10 anos, não tendo assim oportunidade de ir à escola. Trabalhou nas maiores casas agrícolas da Póvoa de Rio de Moinhos. Os rebanhos de ovelhas que guardava eram grandes, chegando a atingir as quatrocentas ovelhas e algumas cabras.

O seu ordenado era pago em géneros, alqueires de pão e quartilhos de azeite, poucas quantias de dinheiro e ainda a forra, isto é, as ovelhas que o pastor comprava, que andavam no rebanho, em que a lã e os borregos pertenciam ao pastor e o leite proveniente delas ao patrão.

Havia algumas doenças que atacavam as ovelhas e a mais habitual era a baceira, isto é, os fígados desfaziam-se e a barriga inchava, e naquele tempo não havia veterinários.

A vida de pastor era dura, dormia na choça ao lado do bardo feito de cancelas e caniços, atados com verga de salgueiro, e levantava-se sempre que o sol nascia, para ir vigiar o rebanho. Ao fim do dia de trabalho, ia ordenhar as ovelhas, deitando-se quando o sol se punha.

Para além de guardar os rebanhos, também, juntamente com o maioral, fazia queijos e os produtos provenientes do leite.

Os queijos eram feitos de acordo com as técnicas tradicionais da região: o leite era coalhado com a mistura do cardo, passava aos cinchos, para ser espremido e passar a ter a forma de queijo. Depois de algum tempo, era posto em tábuas, na queijeira, que era de terra batida e de telha vã, para ter uma temperatura regular.

O meu avô tem neste momento 88 anos e pode-se dizer que está a descansar de todo o trabalho que teve pela sua vida fora.


Inês Morais

0 comentários:

Enviar um comentário